
A semana santa está chegando. Com ela o comércio de pescado e frutos do mar se aquece (mais que orelha da gente quando o povo fala por trás) com o aumento da procura e das vendas.
Com isso, o mesmo cuidado que o cidadão tem com a compra da carne bovina, de criação, suína e aves observando bem tantos detalhes (faltando apenas exigir a certidão de nascimento e CPF) tem que ter com o pescado.
Mas você sabia que existe um órgão estadual que faz esse trabalho por nós?! Não!? Também pudera, pois sua ação está muito pequena e em alguns casos inexistente, devido à falta de mão de obra, equipamento, estrutura e material.
Bem! Quem deveria estar garantindo a fiscalização aos criatórios e em feiras e mercados no estado, seu trânsito e o acesso seguro a pescados, sem muitas preocupações, é a ADAPI (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí). Porém, não será pela sua incapacidade momentânea, logística e fiscal, que você irá comprar “gato por lebre” e por em risco a saúde de sua família. A seguir, você terá acesso a dicas valiosas para escolher um peixe “fresquim” para que sua semana santa não seja de rei ou rainha (no trono) e sim cheia de graça, além das que fiz.
Olho no olho
Escolha o peixe de olhos brilhantes, iguais aos do seu filho quando ganha o brinquedo que passou o ano chorando pra ter. Olhos opacos devem ser ignorados

Atenção nas brânquias
Levante aquela parte que divide a cabeça do corpo, Lá dentro estão as brânquias e elas devem estar bem avermelhadas. Agora se estiverem rosadas ou acinzentadas, recuse. Mas porque se chamam “brânquias” se são vermelhas?! Vôte!!!

Namore o bicho
Toque o peixinho antes de comprar. Nesse caso não tem assédio. Verifique se a carne está firme e não se solta em alguns pontos. Observe se tem nenhum inchaço na barriga, se sim, é desilusão na certa, acabe o relacionamento e parte pra outro.
Escamas unidas jamais serão vencidas
Passe o dedo nelas, se soltarem com facilidade o almoço vai ter clima de finados.
Perfume francês
Peixe tem cheiro de peixe, de maresia, qualquer cheiro diferente pode ser sinal de falta de conservação adequada e você deve partir para outro.
*Paulo Melo Segundo é engenheiro agrônomo pela UFRPE, Fiscal Estadual Agropecuário na Adapi e escritor agrodivertido, criando assim o Segundo Agro, um portal de informação simples, direta e humorada.
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